Web luar parece esta escrito

Web luar parece esta escrito cap: 44

Pvo LUA

Acordei sentindo minha cabeça latejar de dor devido ao choro q se tornara diário com o tempo, e aos poucos fui me recordado de tudo que havia acontecido, sentindo uma dor no peito que talvez nunca fosse passar, me fazendo lembrar de todos os momentos que tive ao lado dele, que me fez amar, como nunca antes, que me fez feliz e hoje me faz chorar de tristeza.

Olhei pela sacada daquele enorme apartamento que tinha ganhado ao completar 18 anos da minha mãe, eu tinha ficado feliz, quer dizer em partes, quem eu gostaria que tivesse ali comigo talvez nunca fosse voltar.

Tomei um banho rápido, vesti um vestidinho solto e escutei um gritinho animado me chamar como todas as manhãs, sorri com isso. Ta ali a única coisa que me mantinha de pé todos esses anos, que não me deixava pra baixo nunca, a única razão para que tudo valesse apena.

Entrei no quartinho azul e branco ao lado do meu e me deparei com a coisinha mais fofa e linda do mundo me olhando com os olhinhos brilhando. Sentir uma alegria fora do comum me atingir, era a minha vida, o única pela qual eu faria o possível e impossível pra fazer-lo feliz.

Xxx: mamãe... – pulou em meus braços me abraçando apertado, ele sempre fazia isso, mas pra mim era como se fosse a primeira vez de tão carregada era a emoção que sentia naquele momento.

Lua: oi meu amor – sorrir para ele o ajeitando em meu colo – dormiu bem meu príncipe?

Xxx: uhum e to com “muta”, “muta” fominha.

Lua: é meu anjinho? então vamos descer pra mamãe preparar algo bem “gotoso” pra príncipe dela não é? – ele apenas assentiu e logo em seguida desci com o mesmo no colo.

3 anos havia se passado desde que Arthur nunca mais aparecera na minha vida. Depois da nossa briga naquele dia eu nunca mais o vir. Depois de ter chorado horrores naquele quarto, decidi que tinha algo estranho, não conseguia acreditar em tudo que ele havia me dito. Com uma ponta de esperança corri a sua procura, ao chegar no seu quarto me deparei com Chay e Mica me olhando com pena e uma carta na mão. Arthur tinha ido embora, sem mais nem menos, apenas sumira sem deixar rastros nem explicações. Mas eu ainda não tinha desistido. Corri, meu Deus e como eu corri pra aquele aeroporto com um pingo de esperança em mim q ele ainda não houvesse partido, mas era tarde demais, ao encontrar o aeroporto quase vazio ao saber q o avião rumo a Espanha já havia decolado, sentir meu mundo desabar e abracei mais forte que pude aos meus amigos q foram comigo, afinal de contas todos ainda tinham esperanças de que tudo fosse diferente.

Um mês depois eu tive a confirmação... estava grávida, grávida do homem que mais amei no mundo, o único e a quem me deixara e dissera nunca me amar. Tive uma gravidez difícil somado a depressão ao longo da gestação, Bernardo nascera de sete meses, por conta do parto complicado fiquei inconsciente por cerca de um mês, mas tudo deu certo e enfim pode cuidar do meu pequeno e maior presente que Deus tinha me dado; Meu filho, meu anjinho q Deus mandou pra mim fazer feliz e mostrar-me que valia apena seguir em frente.

Bê era tudo na minha vida, por ele eu era capaz de tudo, com seus 2 anos e meio era a coisa mais linda e esperta q eu conhecia na vida. Em exceção dos seus cachinhos loiros era a miniatura de Arthur, tinha tudo dele, ninguém nunca diria, se os vissem juntos, que não era seu filho. Nesse tempo todo, desde quando eu descobri que estava grávida ate agora, meus amigos, minha mãe foram meu braço direito, sempre me ajudaram em tudo que precisei e sempre me ajudam. Eles eram loucos pelo Bernardo, mimava meu filho além da conta. Sorri com isso, acho que Sophia era a pior de todos, ela estava estragando meu filho tamanho era o absurdo de presentes q dava pra ele sempre que o via. Mas eu não me preocupava muito, sabia que ela era responsável o suficiente e faria de tudo para deixar meu bebê feliz. Sabia que todos os meus mimos e os mimos dos “tios” e avôs do Bê não supria a necessidade de um pai, mas eu fazia tudo que podia para criá-lo da melhor maneira possível. E quando eu falo em avôs eu não digo só a minha mãe, o Leonardo sempre soube da existência dele era outro babão com todo o respeito, Bernardo adorava o vovô Leo e ele também o adorava, conseguia ver o brilho dos seus olhos ao olhá-lo pela primeira vez aos 3 meses, quando tinha ido visitar a minha mãe. E eles tinham um rolo que acabou virando namoro e pelo que eu podia perceber não iria demorar a haver um casamento, mas isso era com eles.

Apesar de Leonardo gostar muito do meu filho e de mim, eu o fiz prometer que não contaria nada, nunca, ao Arthur sobre o filho, ele não foi de acordo, lógico, mas acabou aceitando. Por mais que eu sonhasse com esse dia, eu não podia permitir que ele voltasse só porque tinha um filho comigo, ele foi embora sem se preocupar com nada e não era eu que iria me meter nisso, ainda o amava e Deus sabe o quanto eu o amava, mas se ele quisesse saber sobre a criança alguma vez na vida, ele que voltasse por conta própria e descobrisse sozinho, apesar de o amar tanto eu o odiava por tudo que tinha feito comigo e não sei se algum dia seria capaz de perdoar-lo.

Olhei para meu anjinho que se lambuzava todo de mingau e sorria pra mim abertamente, me fazendo sorrir de volta e lhe mandar um beijo no ar, enquanto mexia no notebook. Ouvi a campainha tocar e corri para atender encontrando uma Sophia com uma expressão indecifrável no rosto.

Lua: nossa parece q viu fantasma – brinquei tentando descontrair mas ela não sorria. – soph o que foi? – perguntei franzindo a testa.

Sophia: desculpa por te dizer isso mais... – deixou a frase morrer me entregando uma revista de fofocas.

Lua: mais oque é... - sentir meu coração se contrair em dor ao ler o titulo da matéria:

“Arthur Aguiar, filho de um dos políticos mais poderosos da America latina, volta para seu país de origem com sua noiva Alice Correa, há boatos que os bombinhos se casem em terras brasileiras, será???”

Sentir uma lagrima descer pelo meu rosto e encarei Sophia que me olhava com dor.

Autora: Wilma Carvalho