capitulo de 4 a 9
Capitulo
4
Acordei com uma claridade que fazia com que eu
mantinha meus olhos fechados, minha cabeça latejava de dor, ao me mexer percebi
que meu corpo também doía mas não muito ao ponto de incomodar, rodei meus olhos
pelo local em busca de alguma informação não fazia a menor idéia de onde eu
estava. Pude perceber que as paredes eram brancas , a iluminação muito forte, e
eu tava deitada, numa cama
que parecia de um hospital, espera aí oque eu fazia no hospital? Rolei meus
olhos de novo pelo quarto e vir minha mãe deitada de mau jeito em um pequeno
sofá que tinha num canto, sua expressão era de cansaçoe abatida como quem tinha chorado semanas.
Lua: mamãe!!! –a chamei com dificuldade.
Eva: lua, lua, é você meu amor! –minha mãe se levantou
rapidamente do sofá e veio correndo em minha direção me abraçar ela já estava
com água nos olhos. – meu anjo você ta bem ta tudo bem, ta sentindo alguma
coisa?
Lua: eu to bem mãe, to sentindo um pouco de dor mas to
bem!
Eva: graças a Deus eu fiquei com tanto medo, não sei oque
eu faria se acontecesse algo com você
–minha mãe me abraçou mais forte deixando as lagrimas derramarem sobre
seu rosto, e a essa altura eu também chorava.
Lua: mãe oque aconteceu, por que eu to no hospital?
–perguntei , ela se afastou do abraço e
pegou na minha mão.
Eva: você não se lembra? Você sofreu um acidente de carro
meu amor.
Quando minha mãe
falou a palavra acidente, imediatamente veio flash em minha cabeça me fazendo
lembrar de tudo, da briga, da briga que tive com Arthur, meu Deus o Arthur!!!
Lua: mãe cadê o Arthur me fala que ele ta bem pelo amor
de Deus –disse aflita e com um enorme aperto no coração.
Eva: eu vou chamar o medico e dizer que você acordou,
graças adeus acordou depois de 4 dias desacordada –ela disse e se afastou, me
assustei quando disse que havia ficado 4 dias desacordada, mas isso não
importava eu queria saber do Arthur queria ele aqui comigo, se eu bem conhecia
minha mãe ela tava me escondendo alguma coisa e eu temia muito por isso
deixando assim uma lagrima escapar pelos meus olhos e o aperto no coração
aumentar cada vez mais.
Medico: lua, que bom que acordou, ta sentindo alguma
coisa?
Lua: só algumas dores mais eu to bem.
Medico: ok! Precisamos fazer alguns exames, eu já volto!
–ele falou e saiu pela porta. Eu me virei pra minha mãe e lhe refiz a pergunta.
lua: cadê o Arthur?
Eva: lua, querida promete que vai ficar calma por favor?
Você ta muito fraca e...
Lua: cadê o Arthur !!! –ignorei oque ela dizia e
perguntei um pouco alto
Eva: lua você teve muita sorte minha filha, não se
machucou tanto, mas o Arthur... –seus olhos que me olhavam agora encarava o
chão
Lua: não, não, não me diz que o Arthur... –não conseguir
terminar de falar aquela frase meu rosto estava encharcado de lagrimas que caia
mais e mais.
Eva: o Arthur ta em coma profundo...
Não conseguir escutar
mais nada fechei meus olhos com força na intenção de que tudo fosse um engano,
meu mundo desmoronou completamente eu não podia aceitar não queria aceitar,
isso só podia ser um pesadelo, isso um terrível pesadelo onde eu iria acordar e
tudo ficaria bem, isso tudo estaria bem eu e Arthur felizes como sempre foi, ele ao meu lado e eu ao seu lado
felizes vivendo nosso amor, mas ao abrir
os olhos vi minha mãe com os olhos úmidos, eu entendi que infelizmente tudo
aquilo não era um pesadelo era a pura realidade, então eu chorei como nunca
havia chorado antes, minha mãe me abraçou com força, eu não conseguia dizer
nada, as lagrimas expressavam a tristeza
a dor era os únicos sentimentos que podia sentir naquele momento.
Capitulo
5
Depois de horas
abraçada com minha mãe e só chorando me afastei um pouco dela e lhe perguntei:
Lua: mãe por favor não minta pra mim, qual o real
diagnostico do Arthur? –disse apreensiva.
Eva: lua é meio delicado mas por favor fique calma filha
ele vai ficar bem eu tenho certeza, eu sei que vai –ela disse tentando
convencer a si mesma, eu não estava mais
aquentando aquilo eu precisava saber de tudo o aperto no coração aumentava cada
vez mais estava a ponto de me sufocar, eu precisava saber.
Lua: me fala...
Eva: olha lua só quero que me prometa que vá ficar calma,
apesar de não ter se machucado muito, mas você ta muito fraca, ficou 4 dias
desacordada e isso não é bom pra você e nem... – não a deixei terminar eu
estava angustiada, precisava saber dele, vê-lo, tocar-lo e senti-lo.
Lua: ME FALA!!! –elevei o tom de voz.
Eva: ok! Mais tente ficar calma por favor, olhe lua o
acidente que vocês tiveram foi muito grave, é um milagre vocês dois terem
sobrevivido ainda mais você por ter se machucado pouco graças a Deus, mas o
Arthur não teve essa mesma sorte –ela abaixou a cabeça e a cada palavra que ela
dizia uma lagrima saia de meus olhos - o
caminhão ao perceber que o carro que vocês estavam estava fora de controle ele
tentou desviar, mas mesmo assim ele bateu de cheio na lateral do carro do lado
que Arthur estava, fazendo assim que o carro capotasse varias vezes e caísse de
um precipício, O Arthur bateu a cabeça muito forte, ele esta inconsciente, os
médicos não sabem quanto tempo ele ficara em coma, pode ser dias, meses ou
anos, mas eu tenho fé que.. . – minha mãe estava com lagrimas nos olhos e eu
não conseguia escutar mais nada apenas chorava e ouvia apenas os meus soluços
altos. Eu me lembrei de todos os momentos maravilhosos que tive com Arthur
durante todo tempo que ficamos juntos, de seu sorriso, sua brincadeiras, de
como éramos felizes e completos um ao lado do outro eu precisava vê-lo
imediatamente, e não esperaria mais nenhum segundo. Tentei em vão enxugar
algumas lagrimas e olhei pra minha mãe.
Lua: eu preciso vê-lo agora, me leve até ele por favor –
pedi, na verdade implorei.
Eva: querida você não esta em condições de fazer nada
agora, é melhor descansar e depois eu dou um jeito de vê-lo.
Lua: NÃO QUERO SABER, EUQUERO VÊ-LO AGORA – gritei alto o
suficiente.
Eva: lua por favor...
Lua: VOCE NÃO ENTENDE? O CARA QUE EUAMO ESTA NUMA CAMA DE
HOSPITAL , CORRENDO RISCO DE MORTE,E
MINHA MÃE QUE DEVERIA ME APOIAR ACIMA DE TUDO, ME NEGA LEVAR-ME ATÉ ELE,
POIS BEM EU VOU SOZINHA! –gritei decidida, tentei me levantar inutilmente, só
ai pude perceber que uma das minhas pernas estava enfaixada e minha cabeça doía
mais do que eu pode sentir minutos antes, apenas me encostei na cama novamente
e comecei a chorar compulsivamente. Minha mãe tentou se aproximar de mim,
tocando meu rosto mas eu virei o mesmo, sabia que ela não tinha culpa mas isso
não fazia com que não me sentisse extremamente chateada naquela situação. Virei
meu rosto quando escutei uma voz familiar vindo eu minha direção chorando e me
abraçar.
Lua: oh soph!!! – só conseguir murmurar isso e muito
baixo, quase em um sussurro.
Sophia era minha
melhor amiga desde os 5 anos de idade, crescemos juntos, ela sempre me apoiou
quando eu mais precisei e sempre estava comigo nas horas boas e ruins.
Sophia: luh! Como eu fiquei com medo de perder você!
Lua: desculpa!
Sophia: não tem com oque se desculpar só não faz mais
isso!!! –disse com a voz autoritária me fazendo dar um risinho triste.
Lua: Sophia, o Arthur, você já o viu, como ele esta???
Sophia: não o vi ainda o medico não deixa ninguém entrar
ele esta na UTI, a situação dele não é das melhores, mais ele vai sair dessa eu
tenho certeza, ele é forte você vai ver.
Lua: eu sei, esse é meu consolo, eu espero realmente que
ele fique bem e logo, não sabe quanto eu o amo e preciso que esteja aqui comigo
–disse em um sussurro e voltando a chorar nos braços de Sophia.
Capitulo 6
Sophia ainda
tava aqui comigo, só ela pra mim distrair um pouco, mas não parava de pensar em
Thur, como ele estava, tava morrendo de saudades dele, como eu sentia sua
falta, como eu queria que ele ficasse bem logo, eu sentia que agora eu
precisava dele mais do que nunca.
Sophia: luinha, luinha?
Lua: hã soph, falou comigo? –
Sophia: você me escutou lua? O mica me pediu em
casamento, em casamento! – disse ela com os olhinhos brilhando.
Lua: own parabéns meu amor! Eu te desejo toda a
felicidade do mundo – disse feliz a abraçando, sabia que micael a faria muito
feliz, eu tinha certeza.
Sophia: tem mais, você será nossa madrinha de casamento!
Lua: to muito feliz mesmo soph, muito obrigada!
Sophia: agente vai se casar assim que o Thur sair daqui,
afinal agente não pode se casar sem padrinho não acha? E eu espero que ele saia
logo, to louca pra mim casar.
Ela disse meio
como uma brincadeira, eu também espero que ele fique bom logo é tudo que eu
mais quero no mundo. Enquanto Sophia me contava como mica a havia pedido em
casamento a enfermeira Márcia entrou no quarto, sabia seu nome pelo crachá que ela tinha na camiseta.
Márcia: hora do jantar querida! – ela disse com um
sorriso simpático.
Lua: mas eu não quero comer, não sinto fome – na verdade
não sentia mesmo.
Márcia: mas precisa se alimentar, agora mais do que
nunca, você esta muito fraca e isso não faz bem para...
Eva: precisa comer querida! – minha mãe interrompeu a
enfermeira – deixa comigo! – disse pra Márcia, que assentiu e saiu do quarto.
Lua: mamãe mas eu não quero, não sinto fome! – disse
fazendo bico.
Eva: lua por favor só um pouco ok?
Lua: ta só um pouco! – disse derrotada.
Minha mãe se
virou para pegar a comida na bandeja, provavelmente era sopa, todos sabemos que
a maioria das pessoas odiavam sopas e mais ainda as servidas em hospitais, mas
eu sou uma das minorias que gostava. Achava uma refeição leve e ate apetitosa.
Não sei oque deu em mim, mas quando minha mãe colocou aquele prato na minha
frente, eu achei que vomitaria, senti um embrulho no estomago e a respiração me
faltou, e um forte enjôo.
Lua: tira isso da minha frente por favor, tira! –disse
virando meu rosto tentando buscar ar,
Eva: oque aconteceu luinha, você sempre gostou de sopas.
Lua: mãe some com isso daqui, por favor eu acho que vou
vomitar... – Sophia que ainda estava no quarto, correu ate mim e pegou um balde
e colocou a altura de minha cabeça, onde eu coloquei tudo pra fora.
Sophi e minha
mãe me olhavam assustadas, olhei para a mesinha do lado e para minha felicidade
aquele prato de sopa não estava mais ali, me recompus e respirei fundo.
Mãe: você ta bem luinha?
Lua: agora sim, mas não sei oque me deu, fiquei muito
enjoada de repente.
Sophia: acho melhor chamarmos o medico.
Lua: claro que não, foi só um enjôo passageiro.
Mãe: eu também acho já volto – antes que pudesse
protestar minha mãe já havia saindo porta a fora.
Sophia: ta bem mesmo amiga? – perguntou-me preocupada.
Lua: claro, não foi nada.
Medico: oque aconteceu? – o medico entrou no quarto.
Eva: a enfermeira trouxe o jantar dela, mas de repente,
ela ficou pálida e vomitou, isso é normal doutor?
Medico: bom, lua não nesta tomando nem um remédio que
possa causar enjôo, então alguma coisa no organismo dela não esta bem, por mais
que tenha uma suspeita, vamos fazer mais alguns exames para ter um diagnostico
correto, ok fique bem querida!
Ele disse
e saiu do quarto, Sophia logo se despediu de mim e foi embora, minha mãe
dormiria aqui comigo, mas precisava ir em casa pegar algumas coisas, ele me
disse que amanha meu pai viria me visitar. Fiquei sozinha no quarto, e os
lembranças de Thur veio mas forte em minha mente, e a única coisa que poderia
fazer era chorar, amanha cedo eu faria os novos exames e espero que esteja tudo
certo comigo, preciso sair daqui o mais rápido possível, eu tenho, eu preciso
eu necessito de vê-lo mais que tudo.
Capitulo 7
Acordei um pouco melhor, a cabeça já não doía tanto,
as dores no corpo haviam desaparecido graças aos inúmeros medicamentos tomados
no dia anterior. O que tava me incomodando era o gesso na perna esquerda, por
que raios teria que ter quebrado a perna? Isso só dificultava mais as coisas.
Percebi que
estava morrendo de fome, por conta do enjôo de ontem não havia comido nada.
Rolei os olhos pelo quarto, minha mãe já não estava mais no mesmo. Eu só
pensava em como teria que sair o mais rápido possível daqui, precisava,
necessitava de ver o Arthur o mais rápido possível, essa minha situação estava
insuportável.
Depois de um
tempo, minha mãe chegou com uma bandeja no quarto e veio até mim.
Eva: como esta se sentindo querida?
Lua: melhor...
Eva: trouxe seu café, ta com fome? – apenas assentir a
cabeça confirmando – que bom!
Olhei para a
bandeja que ela trouxe, havia leite, pão integral, suco de laranja, sanduíche
natural, mamão e outras coisas. Ao perceber que eu encarava a bandeja sem parar
ela me olhou e perguntou:
Eva: algum problema luinha?
Lua: fomeeee... pode ser? – a olhei com os olhos
brilhando e ela sorriu.
Eva: ah sim... –ela me entregou a bandeja que havia
grande quantidade de cada alimento, tudo bem eu estava com fome, mas nunca comi
tanto em toda minha vida!
Depois que
terminei de comer tudo, minha mão me olhou assustada!
Eva: nossa! Tava com fome mesmo hein...
Lua: aham...
Percebi que minha
mão tava meio quieta, parece que ela queria me falar alguma coisa, mas tava com
medo sei lá, resolvi perguntar então:
Lua: ta tudo bem
mãe?
Eva: ta sim... ér... tudo bem! – ela me falou meio que
gaguejando, aí tem...
Lua: mãe não mente pra mim, aconteceu alguma coisa?
Eva: claro que não, não se preocupe não é nada.
Lua: não é nada com o Arthur não é? Me diz que ele ta
bem... –falei com medo.
Eva: não filha, já disse não é nada,ele ta bem quer dizer na mesma ne, estável.
Sentir uma enorme
tristeza quando ela disse isso, mas eu tinha certeza que ela estava me
escondendo algo e eu tinha que saber.
Lua: eu te conheço, seja oque for não minta pra mim, por
favor, eu sei que tem algo...
Eva: lua, eu não queria te preocupar filha, mas você
precisa saber, só tente ficar calma por favor é muito delicado.
Lua: eu to ficando nervosa, me fala, agora!
Eva: ok! Fica calma, quando você chegou aqui o medico
teve que fazer vários exames e descobrimos que...
Lua: mão oque foi, tem algo de errado comigo, me diz! –
falei apreensiva.
Eva: luinha querida, você... você... você ta grávida!
Capítulo 8
Eu estava
simplesmente em choque, não conseguia raciocinar direito, minha mente girava,
os batimentos acelerados eu não tava acreditando ainda, eu esta grávida,
grávida do Thur, do homem que eu mais amo no mundo, do amor da minha vida, meu
Deus! Foi em meio a essa confusão toda que tive uma lembrança.
flashback:
Aquela noite eu
havia dormido na casa do Arthur, acordei ele já não estava mais na cama fui ao
banheiro fiz minha higiene e desci até a cozinha no qual a Arthur estava
fazendo o café da manha.
Não sei oque esta
acontecendo comigo, a mais ou menos uma semana eu vinha sentindo enjôos
matinais, não sabia bem oque era. Cheguei por trás do Thur na intenção de dar
lhe um beijo na bochecha mas o cheiro forte do café não me permitiu, sair
correndo em direção ao banheiro mais próximo o do andar de baixo do seu apartamento,
depois de colocar tudo pra fora, lavei meu rosto e escovei os dentes ia sair do
banheiro mas o Arthur estava parado na porta do mesmo impedindo minha passagem
que me olhava em duvida.
Arthur: hey luinha ta tudo bem?
Lua: ta! Acho que sim... foi só um mal estar – dei lhe um
beijo na bochecha e sair do banheiro, indo até a sala e me sentando no sofá, o
Arthur veio logo em seguida e se sentou ao meu lado de frente pra mim e pegou
em minha mãos.
Arthur: ta bem mesmo? – perguntou-me preocupado.]
Lua: não se preocupe não é nada –cheguei mas perto de si
e me aconcheguei em seu peito.
Arthur: lua! Já faz alguns dias que você vem sentindo
esses enjôos. Eu acho que... bom... voce acha que possa ter alguma
possibilidade de... ér... você acha que pode esta grávida?
Aquilo foi um
choque pra mim, como assim eu grávida? Levantei minha cabeça de seu peito e o
encarei com os olhos arregalados.
Lua: claro que não Arthur... que idéia – disse tentando
disfarçar o nervosismo.
Arthur: certeza? – me perguntou em duvida.
Lua: Thur! Olha, eu não to grávida, ok! –disse tocando
seu rosto.
Arthur: ta NE, se você diz... –ela disse abaixando a
cabeça.
Lua: hey! Oque foi?
Arthur: ah lua sei lá, bem que eu queria que você tivesse
grávida mesmo – disse com os olhos brilhando.
Lua: ta louco? Olha nossa idade, acha mesmo que daríamos
conta de cuidar de uma criança? Você só pode ta de brincadeira – disse em
choque.
Arthur: ah lua que nada, eu sempre quis ter um filho, na
verdade uma filha, linda, perfeita assim como você, não acaba com meus sonhos
poxa – disse fazendo bico.
Lua: você ta falando mesmo serio?
Arthur: nunca falei tão serio, um filho lua, nosso filho,
é oque falta pra mim me sentir o cara mais completo por que feliz eu já sou ao
seu lado, uma filha da mulher da minha vida – ele me olhou com ternura, paixão
e principalmente muito mais muito amor – eu amo você!
Ele me
abraçou e logo em seguida me beijou, um beijo apaixonado e eu me deixei levar
pelo seu beijo mas confesso que estava em um misto de confusão e medo, eu
sabia, na verdade tinha certeza que não estava grávida, mas pensar em ter um
filho nessa idade, era algo que não fazia parte dos meus planos, não agora é
claro. Pensava sim, em um dia me casar, ter filho e não tinha duvidas de que o
Arthur era o homem certo pra mim, o homem da minha vida no qual eu amava
incondicionalmente, mas ter um filho agora? Eu acho que era muito nova pra
tamanha responsabilidade!
Flashback off
Sim eu estava
grávida, grávida do filho que o Arthur sempre quis, do qual o fruto do nosso
amor, eu chorava em silencio, mas eram lagrimas de felicidade, por saber que
dentro de mim, estava a coisinha mais perfeita do mundo pra mim, por mais que
não a conhecia ainda, eu já podia amar-la, e seria capaz de tudo para não
permitir que nada, nem, ninguém a fizesse sofrer, era uma parte de mim, uma
parte do Arthur do qual eu amava incondicionalmente, oque me faz amar mais
ainda a cada segundo essa criança em meu ventre. O meu filho, meu e do Arthur,
nosso filho!
Capitulo 9
Em meio a tudo isso, havia quase me esquecido que minha
mãe estava no quarto comigo, olhei para ela, as vistas embaçadas por causa das
lagrimas, mas pude perceber que ela também chorava. A chamei com os braços, ela se aproximou de
mim e me abraçou, eu seus braços eu parecia uma criança, e como eu agradecia a
Deus por ter minha mãe aqui comigo, por que não sei oque seria de mim se ela
não estivesse aqui sempre me apoiando e me dando força.
Depois de
longos minutos nos abraçando e chorando juntas, ele saiu do abraço limpou suas
lagrimas e veio enxugar as minhas, pegou em minha mão e me deu um sorrisinho de
lado.
Lua: mãe eu to grávida, eu vou ser mãe! –disse deixando
mais uma lagrima cair.
Eva: vai meu amor, e vou ser avó – ele gritou a ultima
palavra um pouco alto, me fazendo dar uma gargalhada curta, minha mãe sempre
dizia, que não pretendia ter neto cedo, que era nova de mais pra ser chamada de
vovó.
Coloquei a mão
sobre a barriga e comecei a alisá-la, mal poderia esperar para que aquela
coisinha pequenina viesse ao mundo, oque poderia ser? Menino ou menina, a
menina que Thur tanto queria. Pra mim não importava, eu ia amar-lo de qualquer
maneira. Comecei a pensar em nomes, eu quando o Arthur soubesse que eu estava
grávida, e mesmo com toda essa historia de gravidez, eu não deixava de pensar
nele um minuto se quer, eu e minha súbita e incontrolável vontade de vê-lo e
ter-lo aqui comigo, nesse momento tão importante da minha vida. Mas foi com
esses pensamentos, que uma lembrança veio como uma descarga elétrica sobre
minha cabeça.
Lua: mãe eu preciso saber, meu bebê ta bem? E o acidente,
isso não lhe causou nenhum problema não foi? Claro que não, não pode... –eu
estava angustiada, meu bebê tinha que esta bem, tem que esta bem.
Minha mãe ficou em
silencio, vir ela abaixar a cabeça e uma expressão preocupada no rosto.
Lua: me diz mãe! Meu bebê esta bem não esta? – eu já
chorava novamente, mas as lagrimas não eram mais de alegria ou de emoção, eram
lagrimas de preocupação de angustia de medo.
Eva: filha é mais delicado que isso, sim seu bebê esta
bem agora, mas... – eu sentir um breve alivio quando disse que meu filho estava
bem , mas sabia que tinha mas e isso só aumentou meu desespero. – filha devido
ao acidente que você sofreu! E por seu bebê ser tão novinho, você ta grávida de
4 semanas meu amor, você ta sofrendo uma gravidez de risco! – engolir em seco
suas ultimas palavras, meu bebê estava em risco, não podia aceitar, não mesmo –
então filha, todo cuidado será pouco, você não pode fazer esforço, tem que ficar em repouso completo
e...
Lua: e... oque? Termina eu quero saber de tudo! –disse
chorando.
Eva: e isso só dificulta as coisas, o fato de ter tido um
aborto espontâneo. – eu gelei completamente, como assim aborto ela disse que
meu bebê estava bem.
Lua: OQUE ESTA ACONTECENDO, ME EXPLICA, EU NÃO ENTENDO
NADA, QUE ABORTO? – disse gritando em meio as lagrimas.
Eva: luinha! Você tava grávida de gêmeos meu anjo, mas
devido ao acidente... um dos bebês não suportou e... – minha mãe já chorava junto comigo, não
acreditava, não podia acreditar, eu queria gritar, mas não saia um palavra da minha boca, aquilo estava me sufocando, sentir meu mundo vir abaixo, eu só chorava,
não tinha consciência de mais nada, minha vista foi ficando turva, já não
reconhecia mais onde estava, tudo foi se apagando, foi desaparecendo, já não
sabia mais quem eu era, só escutava uma voz, isso uma voz de uma mulher
gritando um nome, tudo foi ficando sem sentindo e eu não conseguir ver mais
nada, só escuridão e logo eu apaguei.
COMENTEM!!! please