One Last I Love You And... Forever…. (capitulo unico)

   

    Não era apenas mais um show, era o ultimo de todos, sentia que era desfecho de mais um ciclo na minha vida, ainda assim não podia evitar sentir tristeza, era o fim, nem mais um show, não mais aquela imensidão gritando “RebeldeS” a partir de hoje cada um seguiria seu destino separadamente.

Me lembrar dos choros, da emoção que foi aquele ultimo show, milhares de sorrisos sofridos, mas não podíamos fazer nada, tudo tinha um fim e infelizmente o nosso chegou logo.

Ao entrar naquele avião de volta pra casa sentir algo tão diferente que nunca havia sentido, ao mesmo tempo a sensação de dever comprido e a sensação de que fosse a ultima vez em todos os sentidos da palavra.

Olhei Chay que cochilava no ombro da Mel, sorri com isso. Chay era tão bobo ás vezes, como nunca havia percebido que a Melanie gostava dele desde o tempo que gravávamos ‘Rebelde’, talvez agora com o fim do seu relacionamento com a Manu ele a percebesse, sempre torci para que eles ficassem juntos eram tão fofos. Sophia estava deitada no colo do Micael desde que tinham voltado a namorar não se desgrudavam mais, estava muito feliz por eles, a quilômetros percebia-se que eram muito apaixonados um pelo outro e mereciam ficarem juntos. E por ultimo o percebi, tão lindo.

Não importava quantas vezes o olhava, meu coração sempre acelerava só por sentir sua presença tão próxima, depois de mais de um ano do fim do nosso namoro, eu não conseguia aceitar muito bem. Acho que ia amá-lo para todo o sempre, ia ser sempre assim, não importa com quem estivesse eu sempre ia querer-lo mais que tudo. Mas eu aprendi a aceitar eu podia dizer que estava feliz, não tanto quanto eu já estive, mas eu estava feliz. Olhei o anel de compromisso na mão direita, era isso eu estava comprometida com Fernando sabia que ele faria de tudo pra me fazer feliz e eu o amava, não tanto quanto já amei alguém, mas ainda assim sentia um afeto enorme por ele, mas não podia me enganar e muito menos o enganar, era por esse amor e afeto que sentia por ele, que me fez tomar uma decisão importante na minha vida, iria terminar com ele assim que pisasse no Rio de Janeiro, eu não o amava como homem, não como o cara que queria pra sempre do meu lado, não como a pessoa que formaria uma família, não como o pai dos meus filhos, amava o como amigo, até como um irmão e não ia apostar em uma relação do qual não tinha futuro, do qual um dos lados sofreria mais tarde e não o queria ver sofrer.

Andei em sua direção e sentei ao seu lado, poderia dizer que era pelo fato de quase todos as poltronas estarem ocupados, mas eu disse bem... quase, na verdade eu realmente queria me sentar ali ao seu lado. Arthur ouvia alguma coisa nos fones de ouvido, quando me percebeu ao seu lado, dando uns dos seus sorrisos mais perfeitos e sinceros pra mim, sorri de volta.

- oi – cumprimentei sem graça, ia ser sempre assim.

- oi – respondeu tirando os fones do ouvido.

- ér ta tudo bem, eu soube que...

- vai ficar, obrigado por se preocupar – me interrompeu virando o rosto e olhando para o vazio.

Não sabia se o Arthur amava a Giovanna mas sabia que tava sendo difícil pra ele. Não a julgava afinal de contas, ela estava só tava tentando ser feliz do lado da pessoa que ela amava, apesar de o que ela ter feito ao meu ver não era certo, nunca, o Arthur não merecia, afinal de contas quem merece ser traído? Esse era o fato, não sabia ao certo o que havia acontecido, só sabia q o Arthur havia pego a Giovanna no flagra, ela tentou explicar, em nenhum momento disse ter se arrependido pois amava o Pedro só não sabia como dizer isso ao Arthur, sei q isso gerou muita confusão isso sim, o Arthur sempre foi muito orgulhoso e por mais que ele não tivesse sofrendo de fato ele não aceitaria algo assim tão fácil.

- Arthur desculpa mais, eu sei que você deve ta sofrendo e...

- não to. –respondeu sem expressão alguma.

- mas como...? – confusa me definia agora, e... feliz?

- só se sofre por algo que te faz falta, e só se faz falta de quem se ama – me olhou por um segundo, deixando a frase no ar.

- eu... você sentiu falta de mim, quando a gente... – não conseguir terminar, abaixando a cabeça meio envergonhada por lhe fazer aquela pergunta, mas eu de alguma forma precisava fazer-la.

- eu não sentir... – meu mundo caiu – eu ainda sinto. Tocou no meu queixo o reerguendo e olhou em meus olhos, alisando minha face suavemente me fazendo fechar os olhos, quase que automaticamente.

- por que eu ainda te amo – e tocou meus lábios delicadamente, e tudo, simplesmente, tudo ao meu redor se congelou por completo, apenas eu e ele e mais ninguém importava no mundo, não tinha Giovanna, não tinha Fernando... oh meu Deus o Fernando! Me afastei do Arthur rapidamente sentindo meu rosto pegar fogo, fazendo meu olhos se focar em qualquer canto menos nele.

- Lua... – chamou me fazendo o olhar novamente.

- Arthur eu não posso, você sabe que... oh meu Deus isso é totalmente errado. – tentei enganar a mim mesma, coisa que nunca iria acontecer, não quando se tratava dos meu sentimentos por Arthur

- não é... nunca será desde que você me ame o quanto eu te amo.

E pronto toda a insegurança que eu sentia foi se pro espaço. Não iria pensar nas conseqüências não mais, ia viver o momento... “carpe diem” ... sem me preocupar com o que poderia vir depois. Eu o amava, ele me amava o que mais me falta? Terminar meu relacionamento com outra pessoa? Sim... mais isso já estava mais que certo.

Sentir Arthur beijar o canto da minha boca, depois me beijando com urgência, sua língua foi de encontro a minha, me fazendo suspirar, a quanto tempo eu esperava por isso? Muito tempo... séculos talvez... como eu sentir falta. Senti o beijo esquentar cada vez mais, precisava parar ou só Deus sabe onde aquilo ia parar, mas quer saber? Foda - se como eu disse não iria pensar nas conseqüências e era isso que ia acontecer.

- banheiro – disse ofegante, apenas assentir igualmente sem ar.

- eu vou primeiro – dei lhe um selinho. Percebi que os outros casais dormiam em seus assentos, melhor ninguém viu nada.

O banheiro era minúsculo, mas o que eu poderia esperar? Sentir ele me abraçar por trás beijando o meu pescoço, me arrepiei de imediato. Me virei passando meus braços sobre sua nunca alisando seus cabelos, enquanto ele aprofundava o beijo que se tornava cada vez mais urgente a cada minuto.

Apenas de roupas intimas. O sentir desabotoar meu sutiã me fazendo corar, mas como pode uma mulher de 26 anos se envergonhar em um ato como esse? Apesar de ter a idade que tenho, havia dormido apenas com 3 homens em toda a minha vida. Suspirei quando sua boca foi de encontro aos meus seios me fazendo delirar, o quanto era o prazer que só ele sabia me proporcionar, e mais ninguém. Com os outros era tão mais obrigação do que prazer, só Arthur me fazia sentir o que com ninguém eu era capaz de sentir.

Conectados, dois corpos em um só... sentir sua masculinidade de encontro a minha pele, gemidos baixos e oprimidos, sussurros, eu te amo e tudo se explodiu me fazendo sentir feliz e completa. Deitei em seu peito descoberto, suas mãos alternava entre meus cabelos e costas.

- não tem idéia do quando sentir sua falta – sussurrou dando um beijo em minha testa.

- pode ter certeza que sim, pois não teve um momento da minha vida que eu não pensasse em você, eu... te amo Arthur, nunca deixei de amar você – sentir meus olhos nublarem tamanha era a felicidade que eu sentia naquele momento, agora sim eu saberia que ficaríamos juntos pra todo o sempre.

- também te amo pequena, muito... – me beijou lenta e apaixonante.

Sentir o avião se mexer freneticamente e um grito agudo nos fazendo separar do beijo e nos encararmos assustados. Vestimos nossas roupas rapidamente, um beijo de despedida e sairmos do pequeno banheiro. Sophia chorava nos braços de Micael, e uma Mel que ameaçava chorar, soluçava nos braços de Chay os meninos pareciam aflitos.

- o que ta acontecendo? – sentir o medo percorrer todo meu corpo.

- a gente vai... a gente ta caindo – Sophia disse desesperada chorando ainda mais abraçada a Micael, ele tentava reconfortá-la.

- mais como nós... – meu mundo desabou, o choro ficou preso na garganta ao sentir Arthur me abraçar fortemente.

- eu não sei o que ta acontecendo, o avião não responde aos comandos, não temos muito tempo, meninas vocês tem que pularem. – disse o comandante, nos encaramos.

- como assim meninas? E vocês? – sentir uma lagrima escorrer dos meu olhos e Arthur apertar minha mão delicadamente.

- não temos pára-quedas pra todos, só o suficiente pra vocês três se salvarem... – continuou o comandante sendo interrompido em seguida.

- não vou deixar vocês aqui – eu a as meninas respondemos juntas quase em automático.

- gente, por favor, a gente não tem muito tempo – continuo o comandante, mas que porra não ia deixar-los aqui será que era difícil entender isso?

- Lua meu amor por favor... – Thur olhou- me suplicando vi o medo em seus olhos – não suportaria que nada acontecesse a você, por favor princesa por mim... – e eu chorei o abraçando cada fez mais forte, sofremos tanto durante todo esse tempo que ficamos separados, cada dia era igual, sem nenhuma esperança de que algum dia eu pudesse Ser feliz como antes, e quando eu realmente penso que vou ter minha felicidade de volta isso me acontece. Mas não importa como seria daqui pra frente, mas não viveria em um mundo do qual ele não pudesse fazer parte, isso nunca.

- eu te amo, mas não me peça pra ir e te deixar, pois eu nunca seria capaz de fazer isso.

• também de te amo meu amor, e não se preocupe, tudo vai ficar bem, acontece o que acontecer, não vou te deixar nunca – finalizou Arthur me beijando na testa, como Havia previsto Sophia e Mel, não iria aceitar, assim como eu, a primeira estava abraçada a Micael, acho que mais conformada e pude perceber Mel e Chay aos beijos, uma despedida. Enfim eles haviam se declarado, pena ser tarde demais. Olhei nos olhos da da pessoa que mais amei em toda minha vida, creio que pela ultima vez, seus lábios tocaram os Meus. Um ato final e tudo se foi... e eu diria pra sempre...
  
  
  autora: Wilma Carvalho