capitulo 10
Uma semana havia se passado, e eu? Não aquentava
mais nada daquilo, minha mãe, meu pai e meus amigos me visitavam todos os dias
são eles que me ajudavam, não sei oque seria de mim se não fosse a força que
eles estavam me passando. Eu simplesmente não queria mais viver, nada fazia
mais sentido, nada podia amenizar a dor e o sofrimento pelo qual eu estava
passando. Saber que o amor da sua vida esta em coma, correndo risco de vida,
mas eu tinha esperanças, eu sentia que ele ficaria bem, ele não ia me deixar,
nunca, como ele sempre me prometera, ainda agora ele não ia deixar seu filho, o
nosso filho. Mas o pior de tudo foi saber, que havia perdido um dos meus bebês,
o meu filho, não estava mais aqui comigo, não podia senti-lo mais, pra mim nada
mais faria sentido eu perdi eu não o tenho mais, eu fracassei, eu sou o
fracasso, não podia ter deixado que nada e nem ninguém fizesse mal ao meu bebê,
mas eu não fui capaz...
Duas
semanas, e tudo estava como antes, nada melhorara. Por mais que eu insistisse
eles não queriam me deixar ver o Thur, diziam sempre que o melhor a se fazer
era me recuperar para só depois vê-lo , mas é lógico que eu não concordava com
isso. Daqui a 2 dias eu receberia alta e enfim me livraria daquele gesso que
tanto me incomodava. E acima de tudo poderia ver meu Thur novamente.
>> narrado por Eva>>
A Luinha não
apresentava melhora, eu não sabia mais oque fazer, minha filha precisava de
ajuda, mas eu simplesmente estava desesperada,
ela não comia direito, tinha sempre pesadelos a noite, só chorava na maioria
das vezes. Ela não podia continuar assim, isso além de prejudicá-la podia
causar grandes problemas ao seu bebê, e eu não queria nem imaginar oque seria
se algo viesse a acontecer com seu filho, sabia que minha filha não suportaria
mais nenhuma perda, então a única coisa que poderia fazer, era lhe abrir o
jogo, não queria que ela se preocupasse mais, mas não podia permitir, não podia
ver mais minha filha se martirizando, e acabando pouco a pouco, eu não vou
deixar.
Hoje era meu ultimo dia daquele hospital, já havia me
livrado do gesso, só estava esperando o medico me liberar e assim correr e
encontrar a pessoa que ainda me mantém aqui, quer dizer uma das pessoas, por
que a outra ainda não veio ao mundo, mas já é mais que importante na minha
vida, é a parte dela. Estava arrumando minhas ultimas coisas naquele quarto,
quando minha mãe entra pela porta, com uma expressão nada boa, mas diante das
circunstancias não havia como esta de bem humor, mas eu sentia que da li não
vinha coisa boa...
Medo e ansiedade
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